1 Consciência
Imagem cedida por Jaylson Soares publicitariojss@hotmail.com
Atributo do conhecimento interior da própria existência e de suas modificações, altamente desenvolvidas na espécie humana. Conhecimento de si, de sua existência, pela qualidade da autoperceptividade, na introversão da consciência, ou pelas sensações que se voltam pra si mesmas, a consciência alcança a cognição da sua própria consciência, ou autoconsciência quando se apercebe de suas próprias funções e racionaliza a existência pessoal, tornando-se cônscio da existência da própria consciência. Em Psicologia, costuma-se designar pelo termo consciência tão-somente o aspecto subjetivo da atividade psíquica, que não se pode conhecer, fora do próprio indivíduo, a não ser as manifestações do comportamento. Aventam-se como inerentes à consciência pelo menos três propriedades: a continuidade, ou seja, a natureza ininterrupta da consciência individual, que forma uma cadeira contínua com as vivências atuais unindo-se às do passado; a mudança consitante, ou perpétuo movimento das nossas idéias, representações, sentimento e tendências que se desenvolvem, se transforma, se dissolvem, e se reconstituem de modo incessante. Somos um evento consciente inteligente eterno e indestrutível, em constante mudança, que interage com o Universo em prol da sua evolução através de diversos estados conscienciais. Utiliza-se da energia, do espaço-tempo para buscas de suas respostas.
Quanto mais evoluímos, mais sofisticados e complexos vamos tornando-nos como consciência que anexa, gradativamente, as rememorações das experiências multidimensionais adquirido em seu ciclo de reencarnações sucessivas, até conscientizarmo-nos da posse completa dessas experiências e dispormos da memória integral, contínua no auxílio de nossas buscas.
Através do processo consciencial de novas percepções internas e externas que nós, consciência, vamos moldando nosso modelo de entendimento do universo e de nós mesmos. A consciência é mais do que energia.
Energia é a maneira como se exerce uma força. Propriedade de um sistema que lhe permite realizar trabalho. Em todas as transformações de energia a completa conservação dela. A energia não pode ser criada, apenas transformada. A massa de um corpo pode-se transformar em energia e essa, sob forma radiante pode transformar-se em um corpúsculo com massa.
Em nosso cotidiano não entendemos quase nada do mundo intrafísico(plano material, plano físico), quem diria do extrafísico(plano astral). Pouco pensamos no mecanismo que gera a luz do Sol e possibilita a vida no intrafísico; na gravidade, que nos mantém no planeta Terra que, de alguma forma, nos lançaria em rotação pelo espaço; ou nos átomos de que nosso corpo é feito e de cuja estabilidade dependemos fundamentalmente. Como se explica se houve caos primordial, que haja ordem no universo agora. Pouco pensamos sobre a vasta multidimensionalidade. O mundo, seja qual for, é mera aparência fora da consciência. Qualquer dimensão física ou extrafísica constitui para a consciência um estado íntimo e não um lugar, ou referência espaço-temporal.
2 Inter-relação entre Sujeito e Objeto
Pensamos, vivemos nosso dia-a-dia, não com a complexidade do microcosmo e macrocosmo, mas reconhecemos composições de objetos com finalidades únicas. Interagimos com uma mesa, reconhecendo-a como um objeto com finalidade única, uma mesa não será utilizada como um carrinho de compras de supermercados, ou como um simples armário de livros. Assim também não interagimos com uma mesa pensando em suas moléculas poli-saturadas de celulose, constituídas de átomos de carbono, hidrogênio, nitrogênio, entre outros. Não preocupamo-nos com seus átomos isótopos, radioativos, partículas subatômicas como: Prótons, Nêutrons, Elétrons, Mésons, Neutrinos, Quarks, entre outras. Uma mesa é vista como um objeto pelo ponto de vista de sua funcionalidade, útil para uma refeição, quando utilizada numa sala de jantar, em uma mesa de estudo, quando utilizada e uma biblioteca. Assim enxergamos, interagimos com tudo na vida, nós sujeito, com os objetos. Esquecemos que objetos podem ser vistos em partes, vimos do ponto de vista funcional. Isso pode dificultar a nossa capacidade de percepção do que venha a ser realmente o Universo, a existência da energia e das leis do Universo. Já que podemos ver um objeto funcionalmente de outro aspecto. Uma mesma mesa, pode ter varias funcionalidades. A falta de percepção de diferentes aspectos sobre mesmo objeto, só vem a acentuar mais o nosso restringimento consciencial enquanto estamos manifestados através de algum veículo dentro do Universo, seja aqui no intrafísico ou no extrafísico. Isso também faz esquecermos que não somos constituídos de matéria nem mesmo de energia, são nossos veículos que são, que somos participantes desta criação que chamamos de Universo, onde interagimos, em prol da nossa evolução.
O restringimento consciencial em que vivemos, existe por consentimento do nosso inconsciente. Sabemos que necessitamos do restringimento consciencial para passarmos pelas experiências que desejamos. Acredito que seja difícil vivenciarmos, por exemplo, o processo de matrimônio conjugal, quando assim desejamos vivenciar este processo. Se estivéssemos completamente lúcidos, não teríamos as vivências que um simples ser humano passa. O restringimento pode gerar sofrimento quando acompanhado da ignorância, mas acredito que seja necessário o processo de restringimento. Assim alcançamos as respostas que buscamos através da auto-experimentação(vivências). O restringimento consciencial está diretamente proporcional na busca de nos diferenciarmos do criador e de suas criações(relação entre sujeito e objeto). Não nascemos consciencialmente(lucidamente), apenas moldamos nossos veículos conscienciais de acordo com as nossas necessidades evolutivas, conforme nossa visão de mundo e de realidade, adquiridas pelas nossas auto-experimentações. Não esquecemos que o espaço-tempo não existe para todos os veículos conscienciais. O mentalsoma(um veículo de manifestação da consciência), por exemplo, não está preso a teia do espaço-tempo, este veículo sempre existiu, o que faz mudar nossa percepção em relação aos nossos veículos conscienciais é a nossa percepção que está inversamente proporcional ao processo de restringimento consciencial.
Sendo a consciência o sujeito, comparativamente qualquer coisa pode ser objeto em relação à consciência que está observando, tendo consciência no processo que é o sujeito observando o objeto.
Pelas percepções e sensações que se voltam para si mesma, a consciência trabalha a relação entre sujeito(consciência) e objeto(universo), tendo consciência de si mesma e do universo ao seu redor, questionando essas duas existência, isto é, natureza interior, consciencial e a natureza do meio ambiente, do universo, gerando transformações conscienciais.
A energia comporta-se de forma diferente conforme a consciência interage com o observado seguindo a relação sujeito(consciência, observador) e objeto(processo, meio ambiente, universo, consciências ou objetos observados).
As conseqüências internas e externas de uma inter-relação entre sujeito e objeto resulta em novas inter-relações entre sujeito e objeto por conseqüência de surgirem novas indagações, em um processo contínuo. A consciência vale a sua carga horária mental de conscientização. Quando a consciência encontra respostas, cria, muda seus conceitos, seus padrões, muda seu processo de manifestação e de interação com demais objetos e busca mudar seu foco de interação no sentido de ir ao encontro de novas respostas, através de novas interações, dentro da máxima racionalidade e heterocrítica. Não é possível observar a relação entre um sujeito e um objeto sem gerar influências no processo de alguma forma. A interação sempre ocorrerá de alguma forma, gerando mudanças internas(cognitivas), através desse processo de observação. Sua análise ou vivência terá resultados sempre influenciados pelo sujeito, isto é, pela consciência, limitado a holomaturidade que possui. Em momentos uma consciência pode estar buscando respostas através de uma relação entre sujeito e objeto onde essa busca não represente nada para outras consciências, O que determina o interesse são as buscas de suas respostas. Em momentos a consciência não manifesta nenhum interesse em determinadas manifestações, porque não significa nada para sua busca de respostas internas e/ou externas. Acredito que por isso a manifestação no extrafísico seja tão individualizada, já que no extrafísico interagimos com o meio de uma forma muito mais profunda, direta e com facilidade do que no intrafísico. Não podemos manipular as energias físicas do intrafísico assim como podemos manipular as energias do extrafísico. Podemos mover objetos, moldá-los, mudar suas cores e texturas com grande facilidade no extrafísico, mas o mesmo não ocorre no intrafísico, necessitamos do corpo para essas tarefas. O extrafísico oferece meio de maior interação do que o intrafísico. Os seus desejos de interação de suas vivências individuais encontrando respostas e utilizando a difícil linguagem relativa, comparativa e simbólica para divulgar suas vivências individuais as demais consciências. Que não vivemos apenas pela e para nossa fisiologia, instinto e corpo. Que possamos criar através dos veículos coincididos no corpo, no intrafísico. Tarefa essa nada fácil quando a grande maiorira dos seres humanos estão acostumados a interagir com o intrafísico somente através do corpo vivendo para o corpo, ainda vivem nesse restringimento. Isso não quer dizer, que seja algo bom ou mau, apenas que são consciências que desejam vivenciar essas realidades. Um dia, buscarão novos rumos, enquanto isso, ficarão vivendo na “realidade” que escolheram. A vida multidimensional é de constante múltiplas escolhas com responsabilidades e conseqüências para o seu processo evolutivo e para onde a consciência escolheu ir.
É através dos recursos de interação entre sujeito, consciência e objeto, processo observado, para a sua evolução no sentido de encontrar suas respostas, tão fundamental, representa essa interação, esteja manifestando-se com seus veículos no intrafísico ou extrafísico, através de auto-conscientização multidimensional rumo à holomaturidade e à condição da desperticidade. Resultado assim, no descobrimento de novos objetos que antes não percebia ou não teve interesse. A consciência pode surpreender-se com descoberta de objetos internos que nunca percebeu ou não teve interesse
A compreensão da verdadeira natureza ou realidade de fenômenos interiores tem o poder de dissipar estados obscuros e nebulosos da consciência. A Conscienciometria objetiva estabelecer as normas de avaliação da conduta multidimensional da consciência, através de baterias de testes. O conhecimento é sempre subjetivo. É muito difícil eliminar o fator subjetivo da avaliação nos testes conscienciométricos.
2. Mudanças de paradigma
O paradigma é termos a consciência que vivemos em um mundo criado, e que nós, não pertencemos a esta criação. Utilizamos este meio em prol das nossas auto-experimentações.
É através das inúmeras e sucessivas vivências conscienciais que geramos autotransformação consciencial, transformando nossa maneira de entendermos nós mesmos, a multidimensionalidade e as demais consciências.
Atrevo a dizer que o próximo paradigma será a vivência constante da capacidade criadora que nós consciência possuímos incessantemente, estejamos onde estivermos, fazendo o que estivermos. Pois criando vivenciamos com maior sensibilidade o processo de criação multidimensional em que vivemos como consciência no intrafísico ou como consciência no extrafísico.
Vivemos em um meio em constante processo de criação e nós, consciências, criamos instâncias conscienciais de acordo com os nossos limites de auto-compreensão e de compreensão de universo, em uma inter-relação entre sujeito e objeto.
Referências:
- BONOW, I. W. Elementos de Psicologia, 15ª. Edição, São Paulo, SP: Melhoramentos, 1976.
- CAPLA, Fritjof, O TAO da Física, Um paralelo entre a Física Moderna e o Misticismo Oriental, 10ª. Edição, São Paulo, SP: Cultrix, 1995.
- HAWKING, S. W. Uma breve história do tempo: do Big Bang aos buracos negros, Rio de Janeiro, RJ: Rocco, 1988.
- OUSPENSKY, P. D., Um novo modelo do universo, 10ª. Edição, São Paulo, SP: Pensamento, 1995.
- TALLAFERRO, Alberto. Curso básico de psicanálise, 2ª. Edição, São Paulo, SP: Martins Fontes, 1996.
- VIEIRA, Waldo, 700 Experimentos da Conscienciologia, 1ª. Edição, Rio de Janeiro, RJ: Instituto Internacional de Projeciologia, 1994.
- VIEIRA, Waldo, Conscienciograma, 1ª. Edição, Rio de Janeiro, RJ: Instituto Internacional de Projeciologia, 1996.
- VIEIRA, Waldo, O que é conscienciologia, 1ª. Edição. Rio de Janeiro, RJ: Instituto Internacional de Projeciologia, 1994.
- VIEIRA, Waldo, Projeciologia, 3a. Edição. Londrina, PR: Universalista, 1990.
Um comentário:
Olá! Gostei do blog (gosto da temática) e vou criar um link no meu blog.
Fica bem,
Miguel
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